O texto abaixo foi passado para a forma teatral. Os diálogos abaixo não foram alterados e de nenhuma maneira a autoria de Carlos Drummond de Andrade foi modificada.
Cenário: Restaurante.
Cenário: Restaurante.
Cena: A menina e o pai chegando a um restaurante e fazendo o pedido.
Menina — Quero lasanha. (Aproximando-se decididamente da porta do restaurante.)
Pai — Meu bem, venha cá.
Menina — Quero lasanha.
Pai — Escute, aqui, querida. Primeiro, escolhe-se a mesa.
Menina — (Impaciente.) Não, já escolhi. Lasanha.
Pai — Filhinha, por que não pedimos camarão? Você gosta tanto de camarão. (Discordante.)
Menina — Gosto, mas quero lasanha.
Pai — Eu sei, eu sei que você adora camarão. A gente pede uma fritada bem bacana de camarão. Tá?
Menina — Quero lasanha, papai. Não quero camarão.
Pai — Vamos fazer uma coisa, depois do camarão, nós pedimos a lasanha. Que tal?
Menina — (Raivosa) Você come camarão e eu como a lasanha.
(Garçom aproximando-se.)
Menina — Quero uma lasanha.
Pai — Traga uma fritada de camarão para dois. Caprichada.
(Garçom trazendo os pratos.)
Menina — Moço, tem lasanha? (Chateada.)
Garçom — Perfeitamente, senhorita.
(...)
(...)
Carlos Drummond de Andrade. Criança Dagora É Fogo!
Rio de Janeiro: Record, 1997. © Granã Drummond
Cassiana Domingos
Thayná Amaral
Leandra Letícia
Sâmela Isabel
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