Preconceito

   Na escola nós estamos prestes a estudar textos argumentativos. Hoje eu resolvi falar um pouco sobre o preconceito. É um texto argumentativo, mas também pode ser visto como um artigo de opinião. 
   Segundo o dicionário Michaelis de Língua Portuguesa o preconceito é o conceito formado antes de ter os conhecimentos adequados. Resumidamente: O preconceito é o julgamento de algo ou alguém que nem ao menos se conhece.
   Já julguei pessoas sem conhecer, você não? Todos nós. É parte da natureza humana o ato de julgar. O mais errado é que muitas pessoas confundem críticas com ofensas. "Qual é a diferença entre críticas e ofensas?", todos nós nos perguntamos. É o seguinte: Segundo o dicionário Priberam de Língua Portuguesa a ofensa é uma afronta, um desacato e a crítica é uma análise de qualquer produção intelectual ou uma opinião negativa. A pessoa que eu já julguei se mostrou muito incompetente, obtive olhares feios por julga-la, não me sinto culpada do julgamento crítico, mas, ainda sim, julguei a pessoa por ter o mesmo comportamento de incompetência que eu tive e ainda tenho. Eu cometi um erro, julguei a pessoa pelo que eu pouco vi de seu comportamento incompetente, mas eu nem parei para pensar sobre os pensamentos da pessoa julgada. Ela pode ser alguém que não mostra sua face verdadeira, então eu poderia estar julgando pela face que eu vi. Não devemos nos meter na vida de outras pessoas, pois não sabemos nada sobre os verdadeiros sentimentos e opiniões escondidos dentro de sua alma. Eu parei para pensar que as pessoas gastam muito tempo tomando conta da vida de outras pessoas e esquecem de viver suas próprias vidas.
   Eu culpo os grupos pelo preconceito. Ninguém aprecia os rótulos, mas todo mundo adora rotular ou generalizar pelas primeiras impressões. Exclusão. Os grupos treinados para amar acabam excluindo. A exclusão gera mais exclusão. Não passa muito tempo para as pessoas continuarem a excluir outras pessoas no primeiro olhar. Inimigos. Enquanto você não tem nenhum amigo, inimigos podem te atacar pelas costas.
   Eu penso que o preconceito é a verdadeira doença da humanidade. Ninguém é obrigado a gostar de certas coisas, mas para se viver em paz é necessário o respeito. Velho, pense, todos nós somos esqueletos por dentro, todo nós erramos, todos nós temos problemas e todos nós vamos morrer. O rico pode ser cremado e o pobre enterrado em um cemitério público em algum lugar qualquer, mas todo nós vamos para o mesmo lugar. As pessoas que conhecemos simplesmente desaprecem nas sombras do esquecimento. A morte não difere passageiros. A sua raça, cor, aparência, religião e nível de inteligência não me importam e também não importam para a morte. As coisas que realmente vão contar aqui na terra não são seus bons atos, sua família formada, sua aparência, crença ou cor de pele. As suas invenções é que vão ser contadas como úteis e indestrutíveis. A inteligência foi feita para ser usada. Invente. Você pode desaparecer, mas independente de sua raça, cor, classe social, opção sexual é sua invenção que vai ter a verdadeira oportunidade de fazer a diferença na próxima geração. Não julgue as pessoas por causas mínimas, pois o negro que você julgou e agrediu hoje pode descobrir a cura do seu câncer amanhã.
   Eu decidi fazer o post por causa da seguinte frase do grande Bob Marley: "Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra." Eu concordo. É estranho como as pessoas ligam para coisas tão unilaterais e deixam de ligar para o que é realmente importante.
Leandra Letícia

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