O trabalho que serviu de inspiração para o gênero foi o livro I Am Legend "Eu sou a Lenda", de 1954. A história, escrita por Richard Matheson, mostrava um sobrevivente solitário chamado Robert Neville travando uma guerra contra a população humana transformada em vampiros. O livro foi mais tarde adaptado para um filme, The Omega Man, de 1971, com Charlton Heston no papel principal e atualmente com Will Smith. George A. Romero pegou emprestada esta ideia de cenário apocalíptico e utilizou-a no pioneiro A Noite dos Mortos-Vivos de 1968, mas no lugar de vampiros, a ameaça era retratada na forma de zumbis canibais.
Quando o filme de Romero foi ao ar nos cinemas, no dia 1 de outubro de 1968 no Fulton Theater em Pittsburgh, causou grande furor. Tendo sido lançado um mês antes da criação do Motion Picture Association of America (MPAA), órgão que seria responsável pela inserção de censuras de faixa etária nos filmes, muitas crianças e pré-adolescentes encontravam-se nas sessões. O crítico especializado Roger Ebert, do Chicago Sun-Times, declarou na época que a característica de Night of Living Dead "Noite dos Mortos Vivos" de que, ao final de um terrível e violento pesadelo não havia sobreviventes, de que não existia ali um final feliz, fez o filme tornar-se um chocante e brutal marco. Os espectadores muito jovens foram os que mais sentiram, segundo ele, já que nesta história tudo o que vinha após a terrível e violenta noite retratada no filme era a morte de todos os nela envolvidos.
A mídia, impulsionada pelo fato de crianças terem reagido ao filme com lágrimas e perturbação, começara a reivindicar por uma censura no cinema, criticando vorazmente a produção. Mesmo com toda a controvérsia gerada, o que ficou foi a análise de que Night of Living Dead havia sido um grande sucesso de bilheteira, como observou Paul McCullough da publicação Take One. Mais de 40 anos após seu lançamento, o filme ainda desfruta de magistral reputação e é visto como referência se tratando de filmes de terror.
As histórias normalmente seguem em um único grupo de sobreviventes, surpreendidos no início da catástrofe. A narrativa parte então, de maneira geral, para a recuperação do choque causado pelo ataque inicial, indo então para tentativas de buscar ajuda junto das autoridades, fato que resulta na falha das mesmas e na perda da esperança nesta saída.
De maneira geral, os zumbis nestas situações são do tipo lentos, letárgicos, cambaleantes e irracionais - "modelo" que se popularizou no filme A Noite dos Mortos-Vivos. No entanto, filmes criados já nos anos 2000 trouxeram um novo conceito de zumbis, mostrando-os como mais ágeis, ferozes, inteligentes e fortes que os antigos zumbis do cinema. Estes zumbis mostram-se muito mais perigosos, já que apenas um só já constitui grande ameaça para um grupo.
Quando uma pessoa comum se depara pela primeira vez com um zumbi, nunca o considera sê-lo de fato, acabando por pensar que é uma pessoa com problemas mentais ou ferida (os irmãos apresentados no início do filme A Noite dos Mortos-Vivos tomaram o zumbi por um maníaco). Ao tentar ajudar ou repelir este estranho indivíduo, muitos acabam por se entregarem sem nada saber ao zumbi, que ataca e infecta outra incauta vítima.
De forma geral, ninguém espera que algo deste tipo aconteça um dia, portanto são pegos de surpresa pela catástrofe. Os que presenciam a morte de amigos e familiares nas garras destas criaturas respondem com negação e descrença, sendo que muitos entram em estado de choque, catatonia ou ainda desesperam-se e cometem suicídio.
As obras nos mostram que é possível destruir os zumbis definitivamente danificando-lhes o cérebro ou a estrutura neural, o que pode ser conseguido atirando-lhes na cabeça ou lhes quebrando o pescoço (mais especificamente nos filmes de Resident Evil).
Embora ficar em grupo possa ser a preferência da maioria das pessoas, não são inexistentes os casos em que um único indivíduo queira permanecer sózinho. Mesmo com estas alterações negativas, outros sobrevivente veem aflorar em si características que nem sabiam possuir. Na série The Walking Dead, o pacato xerife Rick Grimes acaba tornando-se um líder exemplar, ao tomar decisões sempre em prol do bem de seu grupo. Na mesma série, um jovem entregador de pizzas em vários momentos mostra-se um afiado estrategista e experiente sobrevivencialista, enquanto que outro personagem - um caçador experiente tem um colapso emocional e é algemado para não comprometer a segurança do grupo. Talvez, neste ponto, os melhores exemplos a serem citados são dois. Um deles sendo o do garoto conhecido como "Columbus" (filme Zumbilândia), que aprende a sobreviver sózinho inventando seu próprio código de regras e seguindo-as à risca.
Eu adoro filmes de terror, principalmente se tratando de um apocalipse zumbi. Já assisti tantos filmes desse gênero que podia citar nomes o dia inteiro. Quando descobri que o gênero se baseia no livro Eu Sou a Lenda, fiquei chocada. Cara, não escondo que é um dos meus filmes favoritos, inclusive já foi citado inúmeras vezes por mim aqui no blog. Os filmes mais antigos não chamam muita atenção, porque os zumbis são "lerdos" e a face maquiada é facilmente notável. O filme mais "real" que vi foi Zumbilândia,os rostos dos zumbis são simplismente perfeitos!
Bem, eu vou me despedindo com a imagem do filme. Espero que tenham gostado do post. Até breve!
OBS: Talvez com a imagem em 'Small' fique menos monstruoso. Ah, coincidentemente hoje tem especial zumbis na TV por assinatura!
Thayná Amaral